Olhe que não, olhe que não

Sexta-feira, entre uma manhã de trabalho agitada recebo um telefonema da escola a dizer que tinham levado a Adriana à médica da escola, que lhe diagnosticou varicela:
Eu: mas ela tem umas borbulhas porque foi picada por um mosquito que andou escondido no quarto delas durante 2 dias
Educadora: Pois, mas ela estava com muita comichão e então levámo-la à médica, que disse que é quase de certeza varicela.
Eu: quase de certeza? Mas ela tem borbulhas na cabeça?
Educadora: A médica disse que sim, que viu
(E eu cá com os meus botões "E tu viste? É que há 3 horas atrás ela não tinha nada")
Eu: A mim parece-me pouco provável que seja varicela...
Educadora: Pois, não sei... a médica disse... eu queria saber a que horas a pode vir buscar?
E lá fui eu a correr à escola, buscar uma filha sem varicela e sem uma única borbulha na cabeça.
No sábado o papá toca de ir ao centro de saúde para passarem uma declaração a dizer que a menina não tem varicela.
Hoje foi a minha vez de passar uma ensaboadela à escola por fazer diagnósticos hipotéticos.
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Fez-me recordar um episódio, em que depois de apanhar uma virose, fiquei com os músculos do pescoço presos, não conseguia virar a cabeça para os lados, fui à minha médica de família, que me dignosticou uma hipotética meningite, fez uma carta para eu ir às urgências do S. José... e lá fui eu. O médico olhou para o papel, olhou para mim:
Médico: então acha que está com meningite?
Eu: eu acho que não, o que se passou foi isto assim, assim...
Médico: digo-lhe uma coisa, você está muito bem conservada para alguém com 54 anos.
Eu: 54 anos!!??
Médico: sim, foi o que a sua médica escreveu aqui na idade
Excusado será dizer que foi a galhofa total e a Sr.ª motivo de chacota pelos seus pares... eu apenas tive de levar uma injecção para relaxamento muscular